“Eu sou poeta porque Deus me deu o Dom”
Guido Rosendo Patrício, conhecido como Canarinho, nasceu em 5 de setembro de 1940 no Sítio Baixio, município de Conceição do Piancó, Paraíba. Mudou-se para a região do Cariri cearense no início da década de 1960. Filho de Filomena Maria da Conceição e Rosendo Patrício Filho, Canarinho, atualmente com 77 anos, dedicou sua vida à Cantoria Repentista, acumulando inúmeros festivais e conquistas ao longo da carreira.
Desde jovem, Canarinho trabalhava na roça com a família. Durante esse período, começou a improvisar versos enquanto cuidava da terra, surpreendendo seus companheiros de trabalho, que já o consideravam um grande improvisador. Aos 18 anos, mudou-se para Fortaleza, Ceará, onde ingressou na polícia e permaneceu no serviço militar por três anos. Após retornar à Paraíba, enfrentou a dor da perda do pai e assumiu a responsabilidade de cuidar de seus irmãos. Casou-se dois anos depois e permaneceu na região, tornando-se pai de quatro filhos.
Com a necessidade financeira crescente, Canarinho decidiu transformar sua habilidade em versos em uma profissão. Mudou-se para Pernambuco, onde comprou um violão e alguns folhetos, começou a se apresentar, focando nos romances populares da época. “Nesse tempo não tinha esse negócio de poema não, era difícil um poema, era só romance mesmo. Fazia era cantar a noite todinha”, lembra. Sua primeira cantoria foi um sucesso, rendendo o suficiente para comprar uma pequena residência em Pernambuco. “A primeira cantoria que fiz em janeiro, lá em Pernambuco, tirei 380 conto. Esse dinheiro deu pra comprar uma ‘propriedadizinha’ lá”
Após nove meses, ele já estava se apresentando com frequência e decidiu se mudar e estabelecer-se em Juazeiro do Norte, onde começou a cantar com inúmeros cantadores da região. “Quando ‘dei’ fé peguei a cantar mais Pedro Bandeira, João Bandeira, Antônio Aleluia, João Alexandre etc. Eu estava no começo, aprendendo. Mas só quem me procurava para fazer Cantoria era cantador grande, e assim levei a vida, graças a Deus“.
Ele enfatiza que nunca foi apenas um Cantador, mas, acima de tudo, um administrador prudente de seus recursos. Com os ganhos que obtinha, Canarinho investia em aplicações financeiras. Após três anos em Juazeiro do Norte, já havia alcançado uma estabilidade financeira, possuindo sua própria casa e carro. Para ele, esse foi o grande segredo do seu sucesso. “Meu padrinho Cícero deu uma grande bênção a mim pra vim morar aqui em Juazeiro”, revela, lembrando das inúmeras vezes em que implorou por essa graça ao Santo Popular enquanto ainda residia na zona rural da Paraíba.
O apelido “Canarinho” surgiu de forma curiosa. As pessoas começaram a se referir a ele como um poeta que cantava como um canário: “aquele poeta canta muito, canta como um canário”… “é cantador igual um canário”. Até que em uma apresentação, o proprietário de um estabelecimento o chamou de “Canarinho”, e o nome pegou. “Até minha mulher me chama de canário”, diz. Simbolicamente, possui um canário em sua residência.
Para Canarinho, um bom repentista é aquele que possui “tem bom comportamento, juízo, memória boa e um pouco de leitura“. Para ele, a leitura é fundamental para um bom desenvolvimento poético. Contudo, embora reconheça a importância da educação, acredita que o talento inato é fundamental para o sucesso na cantoria, citando exemplos de repentistas talentosos que não tiveram acesso à escolaridade.
Ele vê diferenças significativas nas cantorias de hoje em comparação com as do passado. Uma delas é que, antigamente, as cantorias se estendiam pela noite, repletas de festa e dança, com improvisos focados em romances e histórias do sertão, conta. Hoje, percebe que as apresentações tendem a incluir mais canções e menos improviso. Segundo ele, o verdadeiro improviso se perdeu, e já não se faz mais uma noite inteira de cantoria.
Canarinho também observa que, embora muitas cantorias ainda ocorram na zona rural — considerando as melhores localidades em relação à festa e renda —, há um crescimento da presença de eventos na zona urbana, especialmente em bares e restaurantes. Quanto às políticas públicas, ele adota uma postura neutra, reconhecendo que existem iniciativas que incentivam a arte da cantoria, mas lamentando que muitos políticos preferem apoiar bandas em vez de duplas de cantadores.
Atualmente, Canarinho possui uma vasta coleção de CDs e DVDs de suas apresentações em festivais, sempre ao lado de grandes cantadores. Ele finaliza afirmando que se considera um “cidadão querido“, satisfeito com a trajetória que Deus trilhou para sua vida.
(A entrevista aconteceu no dia 05/06/2018 em sua residência, em Juazeiro do Norte-CE, para o projeto De Repente em Ação)
Contato do poeta para shows: (88) 98804.8312
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BERLIN, May 28 (Reuters) – Germany on Friday apologised for its role in slaughter of Herero
and Nama tribespeople in Namibia more than a century ago and
officially described the massacre as genocide for the first time, as it agreed to fund projects worth over a billion euros.
German soldiers killed some 65,000 Herero and 10,000 Nama members in a 1904-1908 campaign after a revolt against land seizures by colonists in what historians and the United Nations
have long called the first genocide of the 20th century. While Germany has previously
acknowledged “moral responsibility” for the killings, it
has avoided making an official apology for the massacres to avoid compensation claims. In a
statement announcing an agreement with Namibia following more
than five years of negotiations, Foreign Minister Heiko Maas said the
events of the German colonial period should be named “without sparing or glossing over them”. “We will now also officially call these events what they were from today’s perspective: a genocide,” Maas said. “In light of Germany’s historical and moral responsibility, we will ask Namibia and the descendants of the victims for forgiveness,” he said. Germany
has agreed to fund 1.1 billion euros of reconstruction and development projects that would directly benefit the genocide-affected
communities, he said. Namibian media reported on Thursday that the money would fund infrastructure,
healthcare and training programmes over 30 years. Germany,
which lost all its colonial territories after World War One, was the third biggest colonial power after Britain and
France.
However, its colonial past was ignored for decades while historians and politicians focused more on the legacy of Nazi crimes,
including the Holocaust. In 2015, it began formal negotiations with Namibia over
the issue and in 2018 it returned skulls and other remains of massacred tribespeople that were used in the colonial-era experiments to assert claims of European racial superiority.
(Reporting by Caroline Copley Editing by Robert Birsel)